Logo após a Proclamação da República, o Ministério da Fazenda ficou a cargo de Rui Barbosa, que promoveu uma profunda reforma econômica, visando ampliar o volume de moeda em circulação no país para financiar a agricultura e a indústria. Quatro bancos, atendendo às várias regiões brasileiras, passaram a emitir papel-moeda e a realizar empréstimos, penhoras, hipotecas e trocas de moedas estrangeiras. A facilidade em se obter dinheiro gerou uma intensa especulação: foram criadas empresas fictícias, intensificaram-se as atividades da Bolsa de Valores e ocorreu uma alarmante alta de preços. A inflação pulou de 1,1% em 1889 para 89,9% em 1891. Juntamente com a inflação a euforia deu lugar a uma série de falências de empresas e de estabelecimentos bancários. Fortunas foram levantadas e destruídas nesse pequeno intervalo de tempo. É por essa razão que tal política econômica ficou conhecida por Encilhamento, ou seja, o lugar de preparação dos cavalos de corrida antes de seus páreos, quando são feitas apostas.
Matéria retirada do livro A ESCRITA DA HISTÓRIA, de Flavio de Campos e Renan Garcia Miranda.
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